domingo, junho 27
Resposta de uma pergunta pendente.
Se estou assumindo agora essa culpa, é porque eu não consigo mais suportar tamanho sofrimento, que faz meus olhos sangrarem, minha face arder como o fogo do inferno, como o fim dos tempos. Assumo a culpa, principalmente, por ter cometido um erro grave, bobo e infantil. O que eu fiz? Apenas não respondi a uma pergunta simples quando deveria tê-la respondido.
Não tive coragem, ou tive vergonha abundante de responder uma simples questão da qual eu sempre soube a resposta mas não queria assumir. Talvez até tive um pouco de curiosidade em querer saber como as outras pessoas agiriam, talvez quis me vingar, mas estes motivos não superam o orgulho dentro de mim ao não querer me ver entregue, rendido.
Errei por não ser objetivo. Acreditei que meu silêncio não comprometeria as pessoas ao meu redor. Poderia ter evitado uma série de catástrofes, não sacrificaria os sentimentos de ninguém, não faria ninguém sofrer. E este sofrimento acabou me afetando de uma maneira sufocante, intensa. Jamais achei que sentiria tamanha tristeza como senti. Tudo por não responder a uma pequena e simples pergunta. Somente um "sim" e tudo estaria em seus devidos lugares nos dias de hoje. Problemas seriam evitados, brigas e sofrimento não existiriam.
Gostaria que a mesma pergunta fosse feita a mim novamente. Sei que talvez seja tarde para respondê-la. Contudo, depois dessa incomparável dor, que fez-me afogar em lágrimas, ferir o coração e conturbar a mente, respondendo-a agora, sinto que posso evitar novos maremotos e furacões. Se me perguntassem agora: "Você está apaixonado?" Eu diria sem qualquer medo ou vergonha que "sim, estou."
E não diria somente que sim. Diria que esse sentimento é algo cujo adjetivo ainda não consegui encontrar para denominá-lo. É algo que atrofia os pulmões quando e para o coração só de pensar em perdê-lo. Faz da face um rio, das mãos um oceano, petrifica os músculos. Diria que quando tenho-o por perto, posso afirmar que fora a coisa mais maravilhosa que surgiu na minha vida, desde quando começei a me entender por gente. E a mulher detentora desse sentimento todo é a melhor e mais bela entre todas as virtudes que eu possa ter durante a eternidade. Pelo que ela é, possa ser e quiser ser.
E eu não diria somente que eu estou apaixonado. Diria para quem quisesse ouvir que poder observar aquele sorriso é o melhor e mais valioso bem que eu poderia ter. Que o carinho dela é o melhor, o abraço é o mais aconhegante, o beijo é o mais doce. Que junto dela eu descobri uma vontade em mim de não caminhar sozinho como sempre fizera, que descobri "caminhos desconhecidos", sensações ímpares, momentos que eternamente ficarão na minha história e memória. Diria que tudo o que havia escrito sobre sentimentos no passado e que achei que eram palavras sensacionalistas e exageradas, hoje faz sentido como um deja-vu. Hoje, eu vejo que tamanho sentimento existe e que eu só nunca fui capaz de compreendê-lo, por nunca ter comigo uma pessoa que pudesse me ajudar como agora eu tenho.
Diria não somente que estou apaixonado. Diria que dediquei as minhas melhores palavras, os melhores poemas e os mais secretos sentimentos a ela. Que quando estou a quilômetros de distância, parece que falta um pedaço muito grande de minh'alma. Sinto que sou somente metade, vagando, morimbundo, aguardando a hora em que o reencontro me fará realmente feliz novamente. Quando sentirei-me vivo, completo.
Não queria somente dizer que estou apaixonado. Não queria apenas responder a essa resposta com um "sim" frio e ausente de palavras. Queria dizer que confio fielmente na palavra daquela mulher, pois quando me sinto fraco, é em sua palavra que eu encontro o meu conforto, é em seus elogios que me sinto confiante, forte. É em seu colo que eu choro quando estou decadente. Pois este colo é o único em que não sinto vergonha de recostar minha cabeça, e alcançar o nirvana da paz. É o único lugar onde eu demonstro um lado de mim que ninguém jamais viu antes.
Ouvir qualquer gargalhada ou ver o rosto inxado, amarrotado pelos travesseiros é algo que me faz ganhar o dia. Poder ver aquele rosto perfeito, lindo, sem máscaras de vaidade e maquiagens me faz sentir imensamente contente e bobo. Bobo e feliz. Uma felicidade inigualável a qualquer outra coisa que já senti antes. Imcomparável, única, sem valor estimado, sem nome, sem denominação. Uma felicidade que, só de me imaginar sem ela, já faz apertar severamente o meu peito e sengrar de lágrimas os meus olhos.
Dizer só que "sim" é pouco. Na verdade, nada que eu pudesse dizer seria suficiente. Mas não deixaria de falar o quanto me alegro ao ver aqueles cabelos loiros, entregues ao vento, balançando em sincronia perfeita com um corpo da linda moça de pele branca correndo em minha direção. Dizer que a vontade de morrer é maior do que ter o desprazer de vê-la chorando ou de, simplesmente saber que ela tenha chorado por minha culpa. Que não existe um minuto sequer em minha vida em que eu não tenha vontade de abraçá-la, que não me tenha dado vontade de ir buscá-la e levá-la para um mundo onde pudessemos ficar sozinhos, mesmo que fosse somente por um dia. E para cada minuto em que eu não a vejo, eu penso nela em cerca de dez. Que não existe um cheiro que não me faça lembrar do cheiro de sua pele, não há uma música que não me lembre nossa história curta, porém intensa.
Se me fizessem novamente a pergunta: "Você está apaixonado?", além de respondê-la no ato, sem vergonha de me assumir desta vez, com toda a coragem que eu reuni para quebrar o meu orgulho, eu não diria somente "sim". Diria que eu estou completamente, perdidamente, loucamente, fielmente apaixonado. Que estou rendido, entregue. Que não há nada nesse mundo que me faça desistir de tê-la comigo e que que eu não mediria esforços para mantê-la do meu lado pra sempre, pois o sentimento que há dentro de mim já superou as barreiras do infinito, e do infinito do infinito. É algo que não têm forma, nem tamanho, nem nome, nem denominação;.
E se, para reparar o meu erro, mesmo que tardiamente, eu precise responder a essa simples pergunta que não tive coragem de respondê-la antes, aqui está a resposta. Não quero mais saber de nada que não seja a minha pequena e o sentimento que ela guarda. O resto é o resto, não me interessa, não me importa.
Se ainda faltaram algumas coisas para dizer, acredito que não faça diferença. Fui claro o suficiente para conseguir transmitir o recado. Agora, não tenho mais NADA para dizer em relação ao meu sentimento e tudo mais. Assunto encerrado.
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 15:54 0 comentários
quarta-feira, junho 23
O abraço.
Assim é o abraço. Um presente, uma invenção perfeita, uma maravilha que não é reconhecida por não ser grandiosa como as pirâmides. O abraço que celebra o encontro, o reencontro, mas que também faz parte da partida de quem não queremos ver sumir pelo horizonte. O abraço trás saudades, leva alegria. Trás felicidade, carinho, afeto. Leva o choro, a solidão, a esperança do retorno.
Se se existe algo de mais maravilhoso que já ganhei durante toda a minha vida, este foi o abraço, o seu abraço. O que fez aquecer e relaxar todos os meus músculos, fez confundir os nossos corpos, nossos sentimentos, nossos pensamentos. Tornou parte de mim e me tornou parte de você também. E se eu puder devolver-lhe, sei que não ficará triste, pois esse é o único presente interminável, eterno. Tanto na lembrança como nos confins da alma.
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 20:30 0 comentários
A estrela.
Tenho um carinho muito especial pelas estrelas. Meus olhos enchem d’água quando as observo desta maneira infinita, incontável, inimaginável. O céu limpo durante a noite é sinônimo ao meu sentimento multiplicado encima daqueles pontos brilhantes.
Lembro-me de um dia em que meu coração doía de solidão e angustia. Uma noite fria e tempestuosa. O sol, o grande astro de nosso céu, não raiou para afagar-me. Senti falta do seu calor, de seus majestosos raios e de sua luz reveladora. A lua, imperatriz da noite, envolveu-se nos cobertores das nuvens e repousou sem aconselhar-me. Logo ela, musa dos poetas, santa dos apaixonados, escondeu-se e deixou-me solitário. Parecia que não haveria uma brasa de alegria dentro de mim quando observei, ao horizonte, uma única e pequenina estrela. Confidenciei todos os meus temores, chorei e supliquei por dias melhores. Cochichei coisas que nenhum ser humano conseguiria ouvir a dez metros de distância, mas que ela que se encontra demasiadamente distante, escutaria como gritos. Quando fechei os olhos, sonhei com aquele ponto único no meio de uma imensidão negra. A luz no fim do túnel.
A estrela que marca o céu, marca a pele e o coração. A estrela que dita caminhos, orienta. Que perdoa e também pede perdão, por sumir de vista, por se esconder todas as vezes que o céu está limpo. Meus olhos enchem d’água quando as observo desta maneira infinita, incontável, inimaginável. Lacrimejam de alegria e de saudade, pois eu sei que ela está ali, em algum lugar. E que eu jamais voltarei a ver a mesma estrela novamente e ter certeza de que é ela. Exceto quando fecho os olhos e sonho com aquele ponto único no meio da imensidão negra.
Cada um tem sua estrela especial. Nunca a perca de vista. Mesmo que para isso, tenha que multiplicar sua visão milhares de milhões de vezes.
(07/03/2010)
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 16:35 0 comentários
Lugares inesquecíveis.
Divida a audição de um acorde grave e a visão de uma paisagem de areia de praia, oceano e fim de tarde ensolarado com alguém. Divida qualidades e defeitos. Divida sua vida, sua estrela preferida, sua comida preferida. Compartilhe a divisão de todas as coisas de pessoas que se encontram próximas a você. Divida o peso das responsabilidades. Divida um caderno de confissões, uma caneta colorida e um punhado de idéias. Divida o pensamento de que a vida é tão simples de se viver como caminhar sobre a areia da praia.
Agora pense. Pense nas coisas que podemos juntar e dividir com quem amamos. Pense em andar de mãos dadas, em jogar bola, brincar de pique, em gargalhar sem motivo, em ver os olhos brilhando, em subir uma cachoeira e se jogar da pedra mais alta que pudermos subir. Observar a natureza, sentir a natureza. Pense em como é bom acordar ás 4 da manhã e saber que pode ligar pra alguém, sem o menor constrangimento, somente pra dizer que está com saudades. Pense em que quando há distância ente dois seres apaixonados, esta é apenas um detalhe, pois existe uma linha invisível que une nossos corpos. Pense que a saudade nada mais é do que a vontade de ter novamente perto aquilo que se mais ama. E quando a saudade é recíproca, acaba sendo saborosa e nos trás mais felicidade.
Imagine, então, todos os pensamentos mútuos. Juntos e divididos em pró de um só objetivo. Imagine que o triunfo é saborear momentos ímpares e agradecer aos céus por cada dia que se passa, pois foram os melhores de nossas vidas.
Se houver nesse mundo alguém e algum lugar que lembre tudo isso que eu imaginei acima, diga-me, pois eu desejo muito ir para um lugar com todas essas coisas sublimes.
(24/02/2010)
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 16:29 0 comentários
quinta-feira, junho 17
A saudade e mais nada.
O sono escasso agora seca e faz rachar o solo quente da minha visão. O caminhar é áspero, ímgreme, é doloroso. Mas mesmo assim, mesmo diante das dificuldades impostas, dos pesares, das desavenças, eu continuo caminhando rumo àquele propósito que não sai do meu pensamento e não deixo perder de vista.
Anseio pelo oásis magnífico dos sonhos, mas o sono secou. a areia e o pó pelo qual atravesso me envolve com a ventania, como a vontade de querer avançar cada vez mais a diante. Pois não tenho preça, apenas preciso resistir. Apenas preciso saber que o conhecimento e a perspicácia estão diariamente adicionados aos nossos atos. A dor não supera o carisma. A arrogancia não supera a estima. A luta pela paz supera a guerra.
É extremamente engraçado como algumas coisas são o oposto daquilo que deveria ser. Descobrir que o que não nos agrada pode estar presente insistentemente em nosso cotidiano e o que mais desejamos pode ser alguma ilusão somente. Descobrir que o sorriso pode esconder uma tristeza, ou um choro pode demonstrar alegria, ser o que é mas não ser aquilo que deveria ser.
Cócegas nos fazem sorrir, mas é algo de grande desagrado. As gargalhadas não transmitem prazer, mas uma agonia sufocante que cega e desmaia. O refúgio é se contorcer e, entre gargalhadas, somente rezar para que as mãos do atacante cansem.
A saudade é uma parte de sentimento em destaque. Aperta o peito, apunhala o coração. Faz rancar lágrimas dos olhos secos, faz alagar grandes territórios. A saudade machuca, queima. dificulta a nossa caminhada, prende-nos ao presente ou ao passado. Pois há em certos casos, entretanto, em que a saudade é a mesma que conforta, só de compreender o fato de que sentimo-as por conta de algum ser que também a sente. Saber que há alguem esperando por você onde quer que você vá, é algo inigualavelmente raro. Diante deste alagamento, surge uma flor de esperança que é colhida e espera ser entregue para quem forneceu esta semente.
E o sono escasso agora está sendo preenchido com as lágrimas da saudade. Estas são reais, fazem um Nilo sobre minha face. Eu sei, eu sinto. A saudade é o sentimento bom mais ruim que já inventaram, pois faz-nos sentir falta de todas as coisas. Avassaladora de tal modo que faz parecer saudade até naquelas cócegas. Faz lembrar que não há coisa melhor e pior do que ter alguem esperando por você em qualquer lugar onde você vá.
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 20:33 0 comentários
quarta-feira, junho 9
O verdadeiro sentido das coisas.
Não sei se eu estou ficando louco, ou se estou na Nirvana da sensatez. Não sei o que eu sou mais, o que eu sinto mais, como faço pra agir diante destas dúvidas. Parece que eu não tenho mais meu próprio cérebro com meus pensamentos cotidianos, parece que não tenho meu coração com meus próprios sentimentos. Parece que minhas pernas carregam um corpo cujo desconheço, mesmo sabendo que ele é meu e que está tudo em seu devido lugar. Parece que o dia é somente um sonho, pois a realidade está longe demais do meu alcançe.
É como não saber distinguir o certo do errado, o dia da noite. E quando eu saio da rotina propositalmente, para tentar me encontrar, é quando sinto que mais estou perdido. É quando mais parece que eu não tenho mais meu norte. Por isso que eu não sei sobre o que eu quero escrever hoje. Apenas quero deixar transcorrer os meus pensamentos pelos meus braços até formar palavras que possam ser interpretadas como cada um puder compreender.
Nem toda palavra é aquilo que quer dizer realmente. Vivemos sob um mundo de paradoxos constantes e presentes em cada voz, cada gesto. A palavra é simples, pode ser apenas um amotoado de letras, formando um sentimento, uma exclamação, uma afago, uma opinião. A palavra é a nossa melhor amiga, nossa confidente. Através delas conseguimos transimitir ao mundo tudo aquilo que temos dentro de nós e sentimos vontade de expor. O silêncio, entretanto, pode ser a melhor palavra a ser utilizada. Quieto, mudo, reflexivo. Um universo de dúvidas se cria, aumentando assim a vontade de se compreender, melhorando o raciocínio, criando expectativas.
Mas a palavra também pode ser a pior e mais perversa das inimigas, quando ela quer manter-se oculta diante de nós. A sensação mais maléfica que podemos sentir é quando não conseguimos transcrever em palavras o que sentimos. Ao mesmo tempo que parece sublime, um aperto, misto de curiosidade e dor, comprime nosso peito de forma sufocante. O mundo é quase perfeito, pois ainda há palavras à serem inventadas.
Um sentimento indescritível toma conta de mim. Mistura excitação, euforia, alegria, amor, felicidade, sinceridade, pureza. Mistura tudo em um grande caldeirão, formando uma duas grandes massas, um cefálica, outra vermelha e pulsante. E elas estão dentro de mim, no lugar de onde deveriam estar meus sentimentos e pensamentos rotineiros. Não são minhas, mas eu as guardo com zelo, pois foram destinadas a mim. Sinto isso, mas não consigo dizer como me sinto. Apenas sei que está aqui e que eu devo proteger da melhor maneira possível.
Ainda há coisas que não podemos dizer. Podemos apenas ver, sentir e imaginar...
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 09:25 0 comentários
domingo, junho 6
Vontades e obrigações.
Há muitas pessoas neste mundo que insistem em dizer que toda e qualquer coisa que fazemos, decisões que tomamos, tem ligação com aquilo que sentimos vontade e com o que imposto à nós. Um pensamento indiscutivelmente correto. No entanto, se há um revés diante desta opinião, é o fato das pessoas insistirem com total convicção de que vontade pode ser obrigação e vice-versa. Vontade e obrigação são coisas completamente distintas. É como o "sim" e o "não", o "certo" e o "errado".
A vontade é espontânea, risonha e repentina. É o sorriso sincero, a gargalhada, a face corada, a cantoria do chuveiro. A vontade também é o choro, a raiva, a tristeza, o medo. Ter vontade é o mesmo que ter sentimentos, ao contrário da mecânica obrigação.
A obrigação é rotineira, monótona, fria e calculista. É o trabalho, a burocracia, a fome, a sede, a educação. A obrigação também é o esclarecimento, os dias, as horas. A obrigação é, infelizmente, uma prisão da qual não somos capazes de nos libertar por completo.
No meu caso, a obrigação maior é fazer unica e exclusivamente movido pela vontade tudo aquilo pelo qual tenho o livre arbítrio de opinar. Assim como a "verdade" e a "mentira", obrigações e vontades são coisas que convivemos e não somos capazes de abrir mão. Por este motivo, por esta obrigação que sinto em seguir somente as minhas vontades, sinto-me de uma maneira descepcionante. Não consegui ainda encontrar um adjetivo ideal para o meu sentimento nestas horas. Talvez tristeza, ou até raiva. Mas não é exatamente nenhuma dessas duas palavras.
Ter vontade é ter paciencia, ou compreensão, ou como quiserem chamar. Porque ter vontade é aceitar e respeitar, mesmo que atabalhoadamente. A obrigação não espera, cumpre metas, cumpre horários, é rápida, precisa, sem galanteios, sem rodeios. Vontade é querer conquistar aquilo, daquela maneira. Obrigação é querer conquistar a todo e qualquer custo.
A obrigação é inflexível, concreta e objetiva. A vontade muda de acordo com o tempo, aumenta ou diminui. Vontades não acabam, nem obrigações.
Sou uma pessoa com o espirito livre. Se faço qualquer coisa, é por vontade, porque a obrigação nos prende. Se pouco escuto a opinião alheia, é porque me leva a crer que eu seria obrigado a fazer, ás vezes, até aquilo que eu sinto vontade. Gosto de ser responsável pelos meus atos, não prejudicando ninguém. Se pouco me preocupo com a obrigação é porque não sinto vontade de tê-la. Portanto, saibam que a diferença é tão óbvia que até passa despercebido. Se os olhos não forem abertos, entretanto, jamais poderá ser enxergada.
Pense o que você quiser. (Y)
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Postado por Dongo às 22:44 0 comentários