quinta-feira, fevereiro 2
Breve.
Ver, sentir e imaginar.
Ver. Enxergar, perceber e distinguir cores, formas e dimensões.
Tamanho de papel, tinta de caneta, porta, janela, horizonte e nada mais.
Somente o que a retina retém. Matéria prima e bruta, obtusa, vasta e intacta
por mais que as mãos do homem já tenham fundido metais, cortado madeiras.
Por mais que o ato de atar as mesmas mãos sejam laços mais fortes do que nó.
Sentir. Tocar, mergulhar, submergir. De todos os lados e formas. Formais ou não.
Difuso, profuso, completo e longínquo, como disse-o em Pessoa
outra que nao esta.
Desafiando as palavras e as leis naturais.
Um corpo em repouso com sua mente em movimento,
enviando sinais e comandos para bombear, para irrigar e para barganhar nutrientes.
Pois sinto-o. Sim. Sinto-o debatendo-se por dentro de mim
de todos os lados, de todas as formas.Fundindo o real com o que não é.
O que sou eu com o que não sou.
Imaginar. Enterrar-se e voar, sorrir e chorar, querer ou não.
Sol e lua num mesmo céu, lapidado e pronto para ser entregue, para ser entrega.
De alma e corpo, de luz e trevas. Antíteses e paradoxos.
Ironias de um destino grosso que digere tudo aquilo que vê e que sente
para, então, poder sonhar.
Dormir e se maravilhar com as doces ilusões do mundo real.
Pois tudo é verdade, tudo. Até mesmo aquilo que não existe, haverá de ser...
Haverá de se ver, se sentir e se imaginar.
Pense o que você quiser. (Y)
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