sexta-feira, agosto 20

Olhos fechados e mente vazia.

É preciso um coração para escrever um bom texto, como dizem todos os poetas. É preciso sentimentos, tantos bons quanto ruins. É preciso um plantel bom de palavras, um pouco de imaginação e sensatez, mesmo que, no fim só reste frases insensatas. É necessário uma dose forte de bebida, certas vezes. Para poder fazer renascer aquelas sensações cujas não queremos recordar enquanto estamos sóbreos e conscientes. É preciso entender que há coisas que não se explicam e, por mais que remamos contra a maré, tudo tem um início, meio e final.
Não sairá, desta vez, qualquer texto bonito de minhas palavras reunidas. No local onde estivera um coração um dia, agora há só um músculo que bombeia o sangue para o resto do corpo. A dor é tamanha, que chegou a me adormecer e me anestesiar. Meu veneno é a minha própria cura. Não consigo chorar, tão pouco sorrir. Sou um especrto vagando pelas ruas, assustando a todos com minha frieza e indiferença. E, quando tentam aproximarem-se de mim, não trato mal, mas também não trato bem. Não consigo mais diferenciar os rostos das pessoas, não consigo mais reconhecê-las, pois agora são todas iguais.
Eu não sei mais o que digo para as pessoas, não tenho me importado mais. Depois de descobrir que buscar a felicidade é o mesmo que buscar a sinfonia ou a onda perfeita, constatei que também não seria infeliz. Há apenas momentos felizes e tristes, não há plenitude nesses dois extremos. Da mesma maneira que o passado eu guardo numa caixa dentro da minha mente, o futuro passa a não me interessar mais. Shakespeare me alertou, certa vez, "O terreno do amanhã é incerto demais para os planos. O futuro tem o costume de cair em meio ao vão". Não há o que acontecerá. O que aconteceu, já aconteceu. A única conjugação a ser usada nos verbos, tem que ser a primeira. Eu, no presente. É só assim que conseguimos descobrir a simplicidade das coisas, proporcionar momentos felizes a nós e a todos ao nosso redor.
Não leve a mal, não sei o que eu estou escrevendo, não sei o que estou pensando. Acredito que nem esteja conseguindo pensar em nada que não seja qual será a próxima palavra inserida no meu bolo de babozeiras.



Pense o que você quiser. (Y)

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