Não sou uma pessoa como qualquer outra. O cotidiano atual são de seres de caráter não duvidoso, mas instável. Sentimentos puros e atitudes inoscentes estão cada vez mais raras de se encontrar em uma pessoa. Foram tomadas e reprogramadas por um sistema de artificialidades, maus costumes e infidelidades. Namorados têm, cada vez mais, se deixado levar pelos devaneios, prazeres da carne e tentações levianas. Não estão prontos para os problemas cotidianos de um relacionamento comum e buscam uma fuga para todas elas nos braços de outras pessoas que não querem nada além de momentos de prazer. Mas o que mais dói é a falta de sinceridade ao contar para o parceiro o ocorrido. Contradizem-se, inventam histórias fabulosas, mas não dizem, por pena, o que magoaria extremamente o companheiro, mas que o confortaria depois, pelo caráter e coragem de tomar esta decisão.
Não sou uma pessoa como qualquer outra. Sou teimoso e não me rendo ao sistema. Mesmo quando vejo meus amigos seguindo o outro caminho, mesmo quando ouço meus parentes dizerem que seguiram o outro caminho na juventude e que eu sou novo demais para ter um pensamento radical como este de levar a sério aquela pessoa que digo que amo. A porta para o sistema é larga e o interior do aposento é confortável e quente. Lá não há muito sofrimento, desilusões e sobram prazer e satisfação. É o inferno travestido de paraíso, o carnaval onde nos rebelamos e compactuamos com diversos tipos de armas que ferem e matam esses sentimentos puros do qual eu me refiro.
Se digo que amo, é porque amo sim. Talvez não tenha encontrado a melhor maneira de demonstrar esse tamanho e inoscente sentimento, não tenha conseguido sintonizar o meus sinais de um modo plenamente receptivo. Entretanto, não posso mentir em que há horas que eu me sinta um tremendo idiota de tentar seguir a estrada estreita e sinuosa para se chegar à porta dos seres raros, apaixonados, românticos. Esse portal, diferente do outro, é minúsculo e o interior do aposento é empoeirado, pequeno e frio. Os sofrimentos causados pelo amor e pela solidão que o amor causa magoa profundamente. Faz perder o sono, a fome, os objetivos.
Não sou uma pessoa como qualquer outra. Não consigo mudar e fazer parte deste sistema. Sou diferenciado, de caráter inflexível. Não me rendo aos encantos de um caminho fácil e uma ilusão de que está tudo completamente bem. Sou forte, resistente, íntegro. Amo e respeito. Sou sincero ao ponto de me fazer cruél com as palavras, ás vezes. Perdi o medo de escolher a porta larga por medo de me ferir na caminhada até a outra e não conseguir entrar. Perdi, também, o medo de permanecer lá dentro só. Deixa o passado para quem não se concentra no presente. Caminharei, passo à passo, rumo àquilo que me faz bem. Farei a minha parte até os últimos dias da minha vida, pois sou uma pessoa diferente das outras.
Infelizmente, diante de todo esse sistema cativante e belo, é difícil as pessoas enxergarem que dentro daquele espaço pequeno e frio, há uma luz brilhante e contagiante. há uma estrela que nos transporta para um paraíso onde num belo jardim, junto à uma grande árvore, sua amada te espera. Vejo, muitos até tentando trilhar esse caminho difícil, mas poucos são os que conseguem atingir a plenitude.
Pense o que você quiser. (Y)
segunda-feira, julho 26
Uma pessoa diferente de todas as outras.
Marcadores: Livro Branco, Olhos abertos
Postado por Dongo às 06:05
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