domingo, setembro 26

Limites do acreditar.

Passei bastante tempo apenas pensando em todos os acontecimentos recentes em minha vida. A vontade de trasncrever tudo, durante algum tempo, se escondeu em minh'alma e sentiu medo de se expor de forma negativa. Contudo, assim como os dias e as noites, certos hábitos e atitude que já faz parte de nosso caráter pode partir, mas sempre volta trazendo coisas novas. Um novo sol acaba de surgir dentro de mim.
Confiança é algo que não tem feito parte da minha vida ultimamente. A ânsia de descobrir o porquê das coisas e me fazer chegar logo em um ponto final me fez desacreditar e desconfiar de pessoas que não mereciam. E não foi somente isso que fiz. Também magoei, feri e confundi. Acabei mostrando para todos um lado insano de mim. Aquele lado que lutei todos os dias para que não fosse liberto, que permanecesse adormecido durante toda a vida. Quando esse "monstro" acordou, devastou os sonhos e os sentimentos de muitos, mas nada que ele tenha feito possa superar o que fez comigo, o que eu fiz comigo mesmo.
Eu não consigo explicar com palavras tudo o que posso sentir neste momento. Apesar de sofrer em demasia por olhar um monstro diante no espelho quando deveria me ver, acredito veementemente de que isso foi necessário. Fez-me descobrir quem eu posso ser se não controlar os meus sentimentos, o que eu posso fazer se não conseguir manter a calma, a vontade de obter as respostas.
Respostas estas que obtive. Agora eu consigo ver com clareza tudo. Consigo saber o porque de tudo e vejo o quanto e como as coisas fazem sentido. Um momento de lucidez foi precedido pelo meu momento de maior loucura. Insanidade que me afastou daquela que mais tive apreço. Não consigo explicar como e nem quando eu consegui, exatamente, entender tudo o que aconteceu desde o início, mas agora eu estou no ápice do saber.
É muito difícil assumir um erro. Mais difícil ainda é se arrepender do erro que cometeu. Tentar encontrar respostas, motivos e explicações para justificar atitutes que não fizeram bem nenhum para ninguém. Pois bem. Assumo que me arrependo de cada um de meus atos recentes. Não tive motivo nenhum, mas mesmo assim fiz. Confabulei coisas por estar numa busca por respostas que agora vejo de que nada adianta. Troquei uma pessoa pela qual eu não canso de dizer que amo por respostas bobas e idiotas que não trarão de volta tudo aquilo que eu quis e já tive um dia.
"Mereço o castigo. Mereço ser excluido e esquecido. Não acreditei quando deveria e, agora que acredito, é tarde demais. O que devo fazer é tentar seguir a minha vida em paz e deixar que vivam as suas vidas na mesma paz."
Minha esperança havia esaparecido por completo quando disse isso para um velho sábio. Após contar todos os fatos e dobrar o meu orgulho ao assumir que estava arrependido, ele me fez crer que, mesmo quando tudo está perdido, desistir é a pior forma de conseguir o perdão. Disse que todos erram, mas quando se ama, se há somente vítimas. Que cada um sofre pelos seus próprios atos, não pelas consequências que eles trazem. Consequências são o que os outros pensam ou agem em relação ao que você fez. Consequências não consertam erros, atos inversos sim. Disse que pedir perdão é um alento para o sofrimento, por mais que o perdão não venha.
Agora a moeda mudou de face. Tenho um pouco de sorte de saber tudo o que sinto agora já foi sentido por outra pessoa num passado próximo e tudo o que ela deve sentir agora eu já senti. Sinto que é praticamente impossível reverter a situação, assim como já pensei. Mas, já que o sábio me devolveu um pouco da esperança que eu havia perdido, sei que enquanto ainda houver uma semente minúscula de sentimento dentro daquele coração, tudo o que eu preciso fazer é regar novamente para que possa nascer uma flor.
No fim, eu percebi que respostas nunca importa. O que agente sente é o que sempre valerá mais. Eu fiz a escolha tola de trocar meus sentimentos por respostas. Agora sofro. Mas se tudo o que eu gostava fiz questão de jogar fora na minha caminhada rumo aos desfechos, tentarei mais uma vez voltar ao início e fazer diferente. Tudo o que eu preciso é de uma chance. Na verdade, 0,02% de chance já basta. Se meus olhos lacrimejam agora, não é porque me sinto perdido, mas sim confiante. O mal que causei, as desconfianças que tive foram pelo simples motivo de não acreditar em mim mesmo e na minha capacidade antes. Agora eu acredito e sinto que voltei a ser que eu sempre fui, mas que perdi no meio da estrada.



Bon voyage.
Pense o que você quiser. (Y)

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