sexta-feira, agosto 6

A Fênix.

Havia tempo em que eu não sentia o ar saindo dos meus pulmões tão quentes como que se estivesse à beira de um vulcão ativo. Havia tempo em que eu não sentia o meu sangue pulsando com violência nas veias e meu coração palpitando como um prisioneiro dentro de uma camisa de força. Havia tempo em que eu não sorria sem motivos, chorava de alegria e levantasse as mãos aos céus para agradecer, não para pedir e implorar mudanças na minha vida.
A impaciência corroeu meu corpo lentamente, durante muito tempo, deixando-me fraco, indisposto e muito perto da morte. A situação era crítica ao ponto de eu já conseguir sentir um laço forte me puxando para o além, uma luz envolvendo a alma e me levando para outro patamar.
Estava nas cinzas, esfarelado e desfigurado. Deitei em meu leito, em meu ninho, e deixei-me consumir pela chama que é a morte.
Agora, meu corpo amanhece, meu sangue queima e eu respiro aliviado. Estou revigorado, cheio de idéias e de novos objetivos. Minha pele recuperou a cor e minhas costas e braços agora são capazes de suportar problemas tão pesados quanto os elefantes.
Não sou tão fraco assim como alguns pensam. É quando eu estou nas piores situações que uma força sobrenatural sai de mim, reerguendo-me e empurrando-me sempre à diante.
Hora de alçar vôo e ir ao encontro de mais uma jornada perigosa. Deseje-me boa sorte e...





(04/03/2010)
... Pense o que você quiser. (Y)

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