quinta-feira, agosto 12

Variáveis do tempo.

Há ocasiões em nossas vidas em que parece que mais nada importa. O passo dado à frente não move nosso corpo, o grito, busca pela paz, não nos conforta. Resta apenas o conformismo de observar o relógio girar os seus ponteiros lentamente, dia após dia, até o momento em que nos enxergamos saturados das limitações e, finalmente, respiramos fundo e nos levantamos da rede de rotinas e decepções.
O tempo é um termo que, não importa o que façamos, sempre estará presente em nossas vidas. No entanto, é impressindível sabermos lidar com ele com o máximo de harmonia possível. Nem sempre ele soprará ao nosso favor, nem sempre ele será generoso e espaçoso. Há ocasiões em nossas vidas, as boas principalmente, em que o tempo passa tão ligeiro que não o percebemos. Acabamos deixando coisas por fazer, pessoas por ajudar, dívidas por pagar.
Não é arrependimento, tão pouco tristeza por deixar te ter feito uma série de coisas por conta da falta de desportividade do tempo. Momentos bons e raros são únicos. Ainda assim, as recordações aquecem o peito como se eles estivessem sendo revividos naquele instante em que a lembrança vem à mente. Devo um abraço ao meu amigo, mas não tive tempo de ir lá abraçá-lo. Devo um dia de praia a mim, mas não pude comparecer ainda, por falta de tempo. Um beijo de boa noite na minha amada, que ainda não dei por não conseguir uma sobra no tempo.
Mas o tempo passa tão lentamente agora. Agora que tenho todo o tempo do mundo para fazer tudo, ele ainda é mais longo do que eu precisava. Porque não há um padrão? Seremos eternamente escravos de suas vaidades e quando temos tempo, temos muito tempo de sobra. Já quando ele é apertado, parece mesmo não existir!
Há ocasiões em nossas vidas, como hoje é a minha, em que parece que nada importa. Tenho tempo de sobra pra fazer tudo, mas não posso. O tempo é nosso maior aliado e nosso pior inimigo. Nos dá com uma mão e nos tira com a outra. Se tenho o relógio em meu favor prara pagar dívidas, ajudar pessoas, fazer coisas, não tenho pernas para caminhar, não tenho pulmões para respirar e olhos para enxergar. Quando as efermidades passarem, o tempo também passará e continuarei a dever muitas coisas que eu não gostaria, mas que é uma dívida eterna com aquele que não pedimos nada, mas que mesmo assim devemos.



Pense o que você quiser. (Y)

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