segunda-feira, outubro 18

Ser vivo.

Percorrendo o horizonte com um olhar sobrecarregado de tristezas e de olheiras fundas, percebo o quanto pode ser adversos nossos caminhos. Enxergar além e não enxergar nada pode ser a mesma coisa se visto de ângulos opostos. Conquistas podem se transformar em fracassos, ilusões podem se tornar reais e idéias podem jamais sair do campo da imaginação.
Aprendi a não acreditar mais no impossível. Bastou apenas uma pequena injeção de confiança em meu sangue de pulsar fraco pelas sucessivas quedas, para compreender que nada do que fora perdido outrora não possa ser reconquistado. Tudo bem que nada voltará a ser como era. Tudo bem que cicatrizes haverão sempre e estarão presentes. Serão notadas da mesma forma por todas as pessoas que as observarem. O que diferenciará será como nós mesmo nos lidaremos com estas.
A dor sempre estará presente dentro de nós. Uma leve pontada no coração, como um breve badalar de sino, consumirá nossas almas rápida e intensamente sempre quando algo que nos desagradou for lembrado. Alegria também pode se transformar em tristeza. Saudade pode ser uma variável de raiva. Amor pode ser raiva, também.
O que importa, no fim, é saber ainda se sente ou se não sente mais. Não há fim enquanto o existir sentir, enquanto o sentir existir, enquanto o coração não aceitar que não há mais nada para se fazer, a não ser seguir em frente e em paz.



Nota: Peço desculpas aos leitores do imaginadongo pelo tempo em que fiquei sem postar. Tenho trabalhado bastante nesse período e me dedicado mais à leitura. Outro fato importante é o de eu estar sem internet em casa. Prometo a todos que sempre que puder colocarei uns textos curtos e, se possível, com um vocabulário mais extenso e inteligente.



Pense o que você quiser. (Y)

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