quarta-feira, junho 9

O verdadeiro sentido das coisas.

Não sei se eu estou ficando louco, ou se estou na Nirvana da sensatez. Não sei o que eu sou mais, o que eu sinto mais, como faço pra agir diante destas dúvidas. Parece que eu não tenho mais meu próprio cérebro com meus pensamentos cotidianos, parece que não tenho meu coração com meus próprios sentimentos. Parece que minhas pernas carregam um corpo cujo desconheço, mesmo sabendo que ele é meu e que está tudo em seu devido lugar. Parece que o dia é somente um sonho, pois a realidade está longe demais do meu alcançe.
É como não saber distinguir o certo do errado, o dia da noite. E quando eu saio da rotina propositalmente, para tentar me encontrar, é quando sinto que mais estou perdido. É quando mais parece que eu não tenho mais meu norte. Por isso que eu não sei sobre o que eu quero escrever hoje. Apenas quero deixar transcorrer os meus pensamentos pelos meus braços até formar palavras que possam ser interpretadas como cada um puder compreender.
Nem toda palavra é aquilo que quer dizer realmente. Vivemos sob um mundo de paradoxos constantes e presentes em cada voz, cada gesto. A palavra é simples, pode ser apenas um amotoado de letras, formando um sentimento, uma exclamação, uma afago, uma opinião. A palavra é a nossa melhor amiga, nossa confidente. Através delas conseguimos transimitir ao mundo tudo aquilo que temos dentro de nós e sentimos vontade de expor. O silêncio, entretanto, pode ser a melhor palavra a ser utilizada. Quieto, mudo, reflexivo. Um universo de dúvidas se cria, aumentando assim a vontade de se compreender, melhorando o raciocínio, criando expectativas.
Mas a palavra também pode ser a pior e mais perversa das inimigas, quando ela quer manter-se oculta diante de nós. A sensação mais maléfica que podemos sentir é quando não conseguimos transcrever em palavras o que sentimos. Ao mesmo tempo que parece sublime, um aperto, misto de curiosidade e dor, comprime nosso peito de forma sufocante. O mundo é quase perfeito, pois ainda há palavras à serem inventadas.
Um sentimento indescritível toma conta de mim. Mistura excitação, euforia, alegria, amor, felicidade, sinceridade, pureza. Mistura tudo em um grande caldeirão, formando uma duas grandes massas, um cefálica, outra vermelha e pulsante. E elas estão dentro de mim, no lugar de onde deveriam estar meus sentimentos e pensamentos rotineiros. Não são minhas, mas eu as guardo com zelo, pois foram destinadas a mim. Sinto isso, mas não consigo dizer como me sinto. Apenas sei que está aqui e que eu devo proteger da melhor maneira possível.
Ainda há coisas que não podemos dizer. Podemos apenas ver, sentir e imaginar...




Pense o que você quiser. (Y)

0 comentários:


Blogger Layouts by Isnaini Dot Com. Powered by Blogger and Supported by ArchiThings.Com - House for sale