segunda-feira, março 12

O ser feliz.

A vida é tão fácil de ser interpretada que eu ainda não entendo como podem ver, sentir e imaginar coisas que estão absurdamente fora do alcance de qualquer mente humana em sã consciência. A fragilidade dos sentidos nos torna vulneráveis a perecer diante de uma verdade que pode nem ser tão verdadeira assim. Pessoas nascem, crescem, reproduzem-se e morre. Esta é – ou teoricamente era pra ser – o sentido da vida. Artificial, pequeno e completamente irracional. Mas somos mais do que bichos. Somos bichos pensantes.
Pessoas pensantes nascem, choram, engatinham, crescem, falam, crescem mais, brincam, aprendem, crescem novamente, conhecem o amor. E a cada amor conhecido encerrado, passam por um período de extrema depressão, mas voltam a submergir e voltam a amar. Não digo só de amor! Digo de vontades. Pensamos e deixamos pra trás qualquer coisa para conseguir um ideal se este for o tão belo e sonhado amor. O bicho homem cresce e fica bobo, cresce e fica cego. Cresce o espaço no peito, a capacidade de sonhar e de ter esperanças de que será um ser feliz.
Ser feliz. Quem dera a felicidade fosse uma fórmula em que pudéssemos comprar em qualquer farmácia. Poderia ser tão abundante como a água que vemos em queda n’As Cataratas. Ser feliz deveria ser uma alcunha de todo ser feliz. Mas mesmo os risonhos e brincalhões guardam dentro do peito uma pedra posta em trégua ou, simplesmente, um buraco, um vazio. E a cada dia que passa e os seres humanos se evoluem mais, o preço da fórmula chamada “felicidade singela e primitiva” vai ficando escassa. Em escala de preciosidade estão estas raríssimas “felicidades”, antes mesmo do ouro e do diamante.
E o ser feliz passa a ser tão escasso como o raciocínio que nos falta sempre que queremos dizer algo importante para alguém imprescindível em nossas humildes vidas. O tempo-espaço é tão comprimido quanto o comprimido de vitamina C que usamos para curar o resfriado que não pode chegar, pois ele nos faria perder mais tempo ainda. É deprimente saber que o tempo se encurta tanto ao ponto de sequer podermos ver e cumprimentar nossos amigos e pessoas que amamos. O tempo passa, diminui seus dias e nos faz perder a maior dádiva que recebemos assim que chegamos ao mundo: Um verdadeiro e genuíno choro de alegria singela e primitiva. A melhor forma de felicidade. A celebração da vida.
Não perca a chance de ser feliz. Mesmo que você a deixe escapar por entre seus dedos diversas vezes ao longo de toda a sua vida, saiba sempre que são em tempos como esse é que aprendemos. O tempo é relativo e pode se tornar gigantesco se você desejar. Dizer o que sente não é vergonha nem pecado. Abrir a janela do coração faz com que os raios de felicidade entrem. Seja onde for, como for e com quem for. Pois não há nada melhor do que um sorriso que traduz com perfeição aquela boa, velha e genuína felicidade singela e primitiva.



Pense o que você quiser. (Y)

1 comentários:

Brunna Maimone disse...

perdi um "tempo" lendo seu post, e acabei de lê-lo com um sorriso no rosto!
é isso! é disso que se trata!
perdemos tanto tempo na vida que acabamos percebendo que não vivemos nada!
"vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir..."
cheguei a conclusão que não perdi foi nada, só ganhei... como dizem, é perdendo que se ganha!
espero perder muito na vida,pra ganhar e perder de novo e ganhar de novo... e assim ir vivendo!
VIVA A VIDA!
sou FELIZ!


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